segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

DESTRUINDO PONTES


DESTRUINDO PONTES

Celebrando o alvorecer de um novo ano, volto o meu olhar para uma gaveta cheia de anotações, onde encontro experiências de vida que ilustram os meus sermões e os deixam mais atraentes aos ouvidos dos meus ouvintes.
Ao abrir meus olhos, deparo-me com um papel já amarelado pelos anos, onde está escrito: “Lembranças de meu querido e amado Prº. Frank Reed”. Pastor Frank Reed é natural do Canadá, mas radicado no Brasil na cidade de Paraopeba/MG. Neste papel estava registrado um discurso proferido no foro daquela cidade, no dia que ele se naturalizou brasileiro. Neste discurso ele justificava sua atitude em naturaliza-se brasileiro, dizendo sobre seu amor por Jesus Cristo que o fez missionário, do acolhimento do povo brasileiro, da mensagem que Deus lhe deu para o mundo como o compromisso maior de sua vida.
Em um determinado momento, fixando os olhos no juiz disse: Meritíssimo juiz, estou tomando esta decisão por entender que com ela, estou destruindo todas as pontes que me possibilitam voltar para o Canadá.
Achei muito interessante esta declaração, e me lembrei que estamos no nascedouro de um novo ano. Agora é a nossa grande oportunidade em escolher pontes que devem ser destruídas em nossas vida e pontes que devem ser preservadas.
Todas as pontes que nos levam a um passado de derrotas, tristezas, vícios, complexos, lembranças amargas, castradoras de nossa felicidade, acontecimentos traumáticos, assassinos das alegrias do nosso presente, devem ser destruídas para sempre.
A ponte das paixões carnais grilhões que nos amarram à dor e sofrimentos. Esta é a ponte do pecado que nos separa e nos distancia de Deus. Ponte do fracasso que nos empurra para a morte, produzindo em nós, pensamento suicidas.
Tudo que nos impediu de crescer no ano passado, devem ser destruídos para sempre.
Pontes que não podem ser destruídas jamais, são as ponte da comunhão com Deus, oração, meditação na palavra de Deus, confrontação de nossa fé, através da comunhão com pessoas que freqüentam a mesma igreja, nos estudos da Escola Bíblica Dominical. Ponte da família, porto seguro de nossas idas e vindas, quando pela incógnita da vida, nos embarcamos em barco furado, ou nos perdemos neste emaranhado mar de nossa existência, voltamos e somos recebidos com festa, independente se voltamos derrotados ou vitoriosos.
A ponte da amizade, aquelas que Deus colocou em nosso caminho para nos erguer e nos fazer crescer. Quando assolados pelas armadilhas da vida, estende as mãos para nos erguer novamente. Amigos que sabem reconhecer os nossos valores, sem ser conivente com os nossos erros, usando todos os recursos para que estes erros se transformem em qualidades.
A ponte da gratidão, liga-me às fontes do sucesso de tudo que sou hoje, que sem nenhum merecimento, recebi de Deus, da família, pastores, amigos e irmãos.
Porque estas pontes não podem serem destruídas?
Porque neste caminho, não há somente idas, mas também há voltas, elas devem estar prontas se eu precisar voltar.
Que Deus nos ensine viver.
jrcostaribeiro